quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Europa - Parte 7: Birmingham, Reino Unido

Como havia falado antes, a minha estada em Londres duraria 5 dias, mas em um desses dias eu fui para Birmingham. O motivo era pessoal, não tinha nada planejado na cidade como roteiro de design, mas como eu achei muito interessante a experiência e até um pouco bizarra, vou postar mesmo assim. Ah, e o motivo era o concerto de uma banda que já serviu como tema de várias postagens do Design 7th, o Iron Maiden.

Birmingham é a segunda maior e segunda mais importante cidade do Reino Unido, atrás de Londres. A população da cidade é de 1.030.000 habitantes, e se considerarmos a conurbação de West Midlands, cresce para 2.500.000. Birmingham é uma cidade industrial da região centro-oeste da Inglaterra que é conhecida por revelar grandes nomes do heavy metal como Black Sabbath, Judas Priest e Blaze Bayley.

Lá fui eu pegar o trem na estação Euston, que ficava a poucos metros do hotel no qual estava hospedado. A viagem dura cerca de 1 hora e 40 minutos e não há muito para se ver no trajeto. Depois de parar em umas 5 cidades no caminho, estávamos em Birmingham New Street. Esta estação ficava a pouco mais de 1 km do local do show, então dava para ir andando.

Se não foi possível conhecer os principais pontos da cidade, pelo menos o trajeto contemplava alguns dos pontos mais legais do município, o que logo vi quando saí da estação. Lá estava a Victoria Square, local onde fica a prefeitura e o Birmingham Museum & Art Gallery. Por sorte este último era gratuito e estava aberto. Resolvi entrar, pois ainda faltavam cerca de 4 horas para o show. Veja uma imagem da praça:


Depois de visitar o museu fui direto para a National Indoor Arena. Por todo o caminho foi possível ver fãs da Donzela de Ferro com suas camisas do Eddie, e então vi que estava indo pelo caminho correto. O NIA, apelido da arena, fica em um lugar muito bacana, onde passa um sistema de canais de rio, do qual não sei o nome. Mas é uma bela paisagem:




Estava na hora de entrar. A organização trabalhou muito bem, dando prioridade a quem deveria ser priorizado e com pontualidade, portanto não houve nada errado nessa hora. Às 19h começou o show de abertura do Airbourne. É uma banda que lembra muito o AC/DC, o show deles foi bacana e animou o pessoal. Não é que nem aqui no Brasil onde, se você for a banda que irá abrir para o Maiden, você pode ter certeza que as pessoas não vão ligar muito para o que você vai tocar, pois estarão esperando a atração principal. Fotos:





Chegou a hora. A fronteira final. Ou melhor, The Final Frontier, o nome do álbum e da turnê. Em termos de espetáculo, o Iron Maiden sempre se dedica ao máximo e faz um grande evento. Não foi diferente em Birmingham e, assim como o show de São Paulo que eu havia descrito anteriormente, eles se utilizaram de uma comunicação intensa com os fãs, tanto no visual quanto na fala.

Eu devo dizer que o comportamento dos fãs de lá é bem diferente do comportamento dos brasileiros. Talvez seja porque o Iron Maiden é uma banda local (na verdade, de Londres), ou talvez porque os fãs de lá sejam mais contidos, não sei dizer. Mas para mim foi uma grande vantagem, pois pude ficar bem perto do palco e pude tirar várias fotos e fazer vídeos. Só na hora dos clássicos como "The Trooper", "Fear of the Dark" e "Hallowed be thy Name" que havia realmente uma animação maior, mas nada comparado aos fãs brazucas. Se por um lado isso é estranho, por outro é melhor para ver o show sem confusão. Veja algumas fotos que eu consegui tirar:





















E o video com Eddie entrando no palco:



O show foi muito bom e posso dizer que valeu a pena ter me deslocado para outra cidade para ver a maior banda de heavy metal de todos os tempos. Só que o show acabou as 22:50h, e o último trem para Londres partia as 23h, então não daria tempo de voltar no final do dia. Eu teria que pegar o próximo trem, que saía as 5:29h do dia seguinte, e teria que esperar dormindo na estação. Mas a estação estava fechada.

O jeito foi andar pela cidade e procurar algum lugar no qual eu pudesse entrar, pois estava fazendo muito frio. Então eu achei o Mailbox, a sede da BBC em Birmingham. Era uma espécie de shopping center que ficava aberto de madrugada, com todas as escadas rolantes e banheiros funcionando, mas não as suas lojas. Tinha gente passando por lá, então resolvi entrar e esperar minha hora. Sentei no chão e fiquei assistindo os melhores lances do campeonato de rugby da liga inglesa no terceiro andar, que era a única coisa que eu conseguia assistir e me mantinha acordado. Não havia ninguém por perto. De repente, dois seguranças vieram em minha direção. Achei que seria expulso ou pior, mas fiquei na minha. Eles vieram e me perguntaram o que estava acontecendo, então decidi falar a verdade. Então eles disseram que não havia problema. Que alívio!

Da segunda vez que eles passaram, já até tiraram onda comigo, falando que "o seu trem ainda vai demorar bastante para passar, né? hehehe..." Mas era melhor isso do que qualquer outra coisa. Quando finalmente chegou a hora de ir, os outros seguranças ainda brincaram comigo dizendo "ainda falta uma hora para o seu trem, não é?" Eu perguntei se havia alguma outra entrada e me disseram para tentar entrar pelo shopping center que havia do outro lado da estação. E não é que deu certo?

Foi uma experiência estranha, mas fascinante. Isso foi um pouco antes da onda de violência na Inglaterra. Não sei o que ocorreria se esse fato fosse 5 dias depois, mas já posso até imaginar. O próximo passo é a volta para Londres, onde fui ao Design Museum, Tower Bridge e Tower of London, o principal passeio da viagem. Até a próxima!

Um comentário:

  1. Cara, bacana vc ter ido para birmingham para ver o Iron Maiden! O Blaze falo q sempre q tem show do Maiden lá ele vai, vc viu ele? hehe
    Eu queria ter ido num show qdo estava na Inglaterra, mas num deu. Vendo a sua experiencia me deu vontade de tentar ir um dia.
    abraço

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