De acordo com um levantamento feito pela CNI divulgado em 3 de fevereiro de 2011, quase 70% das empresas brasileiras que exportam produtos que concorrem com chineses estão perdendo mercado no exterior, levando a um quadro de abandono de mercado para cerca de 4% delas. Se isso já não fosse o suficiente, as empresas nacionais ainda estão perdendo espaço no mercado brasileiro para os produtos importados da China.
A solução para isso definitivamente passa pelo investimento em design, conforme afirmaram quase 50% das empresas pesquisadas. Elas pretendem se utilizar de programas de incentivo do Governo para conseguirem viabilizar seus planos, principalmente aqueles voltados para exportação.
Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, acredita que na indústria de calçados, por exemplo, esse é o caminho natural. "A indústria calçadista tem enfrentado forte concorrência dos produtos chineses, mas pode ganhar mercados por meio da agregação de valor, de design", disse. Além disso, ele ainda acrescentou que há uma boa possibilidade de trabalhar matérias-primas poliméricas biodegradáveis como forma de explorar novos mercados, com consumidores exigentes e conscientes do que estão comprando.
Com todo esse cenário construído, agora é a vez do design brasileiro mostrar que o seu papel é fundamental na economia, mais do que nunca. Temos um país em cresimento, empresas querendo investir, tecnologia comparável à qualquer país de primeiro mundo e a mão-de-obra qualificada. Se isso não for o suficiente, falta muito pouco. Espero que nos próximos 20 ou 30 anos possamos olhar para a década de 10 (seria 2010-2019 ou 2011-2020?) como a década que mudou a forma de ver o design no Brasil. Tomara que a partir de agora não sejamos apenas o país tropical e do futebol, sejamos o país do design também!
Fonte: Rede Design Brasil
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